Conceitos de espécie e suas implicações para a conservação
Carregando...
Data
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Conservation International
Tipo
Título:
Descrição
Resumo
Estimativas de diferentes parâmetros da biodiversidade têm em comum a utilização de
espécies como as unidades mais fundamentais de análise. Consequentemente, políticas de
conservação em diferentes níveis geopolíticos se utilizam de espécies como os principais indicadores de vulnerabilidade, desde o nível populacional até a escala de biomas inteiros. Apesar deste papel central que espécies desempenham na biologia da conservação, somente agora os efeitos complicadores na disciplina do grau de incerteza inerente à delimitação de limites inter-específicos começam a ser discutidos mais amplamente. Dois destes principais
fatores são: 1) a existência de diferentes conceitos de espécie na biologia, o que resulta em diferentes estimativas de parâmetros da biodiversidade, dependendo do critério adotado; e 2) a grande discrepância no nível de conhecimento taxonômico de diferentes grupos bioló-gicos, fator que impede a aplicação de critérios de delimitação inter-específicos consistentes
e unificadores, comprometendo cálculos de parâmetros gerais de biodiversidade não envie-sados por grupos mais bem trabalhados taxonomicamente. Com relação ao primeiro fator, independentemente da discussão acadêmica sobre o tema, uma definição ao mesmo tempo objetiva, pragmática e cientificamente correta de unidades Evolutivas Significativas (uES) a serem consideradas, tanto na biologia da conservação quanto por agências governamentais de proteção ambiental, é necessária e urgente. Essa definição deve ser amplamente discutida com as sociedades científicas botânicas, microbiológicas e zoológicas, que deverão ser esti-muladas a publicar e atualizar periodicamente listas destas unidades evolutivas (não neces-sariamente coincidentes com listas de espécies) para os seus respectivos grupos biológicos de interesse. Com relação ao segundo fator, há uma necessidade urgente da promoção de estudos taxonômicos como ferramentas fundamentais para a biologia da conservação, com a finalidade de aumentar o volume de recursos tanto de agências governamentais quanto de organizações não governamentais para um programa nacional de pesquisa em taxonomia e formação de recursos humanos especializados nesta área.
Palavras-chave
Citação
ALEIXO, Alexandre. Conceitos de espécie e suas implicações para a conservação. Megadiversidade, v. 5, n. 1-2, p. 88-95, dez. 2009. Disponível em < httpwww.conservacao.orgpublicacoesindex.phpt=4 > Acesso em 05 ago. 2011.
