A “dirty” footprint: macroinvertebrate diversity in Amazonian anthropic soils
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Museu Paraense Emílio Goeldi
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Uma pegada “suja”: diversidade de macroinvertebrados em solos antrópicos da Amazônia
Descrição
Amazonian rainforests, once thought to be pristine wilderness, are increasingly known to have been widely inhabited, modified, and managed prior to European arrival, by human populations with diverse cultural backgrounds. Amazonian Dark Earths (ADEs) are fertile soils found throughout the Amazon Basin, created by pre-Columbian societies with sedentary habits. Much is known about the chemistry of these soils, yet their zoology has been neglected. Hence, we characterized soil fertility, macroinvertebrate communities, and their activity at nine archeological sites in three Amazonian regions
in ADEs and adjacent reference soils under native forest (young and old) and agricultural systems. We found 673 morphospecies and, despite similar richness in ADEs (385 spp.) and reference soils (399 spp.), we identified a tenacious pre-Columbian footprint, with 49% of morphospecies found exclusively in ADEs. Termite and total macroinvertebrate abundance were higher in reference soils, while soil fertility and macroinvertebrate activity were higher in the ADEs, and associated with larger earthworm
quantities and biomass. We show that ADE habitats have a unique pool of species, but that modern land use of ADEs decreases their populations, diversity, and contributions to soil functioning. These findings support the idea that humans created and sustained high-fertility ecosystems that persist today, altering biodiversity patterns in Amazonia.
Resumo
As florestas tropicais amazônicas, antes consideradas áreas selvagens intocadas, são cada vez mais conhecidas por terem sido amplamente habitadas, modificadas e manejadas antes da chegada dos europeus, por populações humanas com diversas origens culturais. As Terras Pretas Amazônicas (ADEs) são solos férteis encontrados em toda a Bacia Amazônica, criados por sociedades
pré-colombianas com hábitos sedentários. Muito se sabe sobre a química desses solos, mas sua
zoologia tem sido negligenciada. Assim, caracterizamos a fertilidade do solo, as comunidades de macroinvertebrados e sua atividade em nove sítios arqueológicos em três regiões amazônicas
em ADEs e solos de referência adjacentes sob florestas nativas (jovens e antigas) e sistemas agrícolas.
Encontramos 673 morfoespécies e, apesar da riqueza semelhante em ADEs (385 spp.) e solos de referência (399 spp.), identificamos uma pegada pré-colombiana firme, com 49% das morfoespécies encontradas exclusivamente em ADEs. A abundância de cupins e macroinvertebrados totais foi maior nos solos de referência, enquanto a fertilidade do solo e a atividade de macroinvertebrados foram maiores nos ADEs, e associadas a maiores quantidades e biomassa de minhocas. Mostramos que os habitats dos ADEs possuem um conjunto único de espécies, mas que o uso moderno da terra nos ADEs diminui suas populações, diversidade e contribuições para o funcionamento do solo. Essas descobertas corroboram a ideia de que os humanos criaram e sustentaram ecossistemas de alta fertilidade que persistem até hoje, alterando os padrões de biodiversidade na Amazônia.
Palavras-chave
Citação
LIMA, Helena Pinto. et al. A “dirty” footprint: macroinvertebrate diversity in Amazonian
anthropic soils. Global Change Biology, [s. l.], v. 27, n. 19. p. 4575–4591, 12 june 2021. Disponível em: 10.1111/gcb.15752. Acesso em: 15 maio 2025.
