Micronutrient availability in amazonian dark earths and adjacent soils

Abstract

Terras Pretas Amazônicas (ADEs) são solos altamente férteis em áreas com predominância de solos inférteis. No entanto, a variação na disponibilidade de nutrientes entre regiões e a resiliência das ADEs ao uso agrícola moderno ainda são pouco conhecidas, particularmente em relação aos teores de micronutrientes. Portanto, o presente estudo sintetizou informações atuais sobre os impactos das ADEs nos teores de micronutrientes extraíveis (Cu, Ni, Fe, Mn, Zn, B) em diferentes profundidades do solo e avaliou em detalhes o papel da profundidade do solo e do tipo de uso da terra nos teores de Cu, Ni, Fe, Mn e Zn extraíveis em nove ADEs e solos adjacentes (ADJ) de diferentes regiões amazônicas. Os sistemas de uso da terra escolhidos foram florestas secundárias antigas (OF) ou jovens (YF) e sistemas agrícolas (AS) em Iranduba, Belterra e Porto Velho. Apenas oito estudos compararam os teores de micronutrientes extraíveis (Mehlich-1) em 21 locais com ADEs e solos ADJ, mas apenas quatro estudos incluíram profundidades maiores que 30 cm, e B e Ni foram avaliados em apenas um estudo. Maiores teores de Mn e Zn, mas menores de Fe, foram encontrados em ADEs, tanto em dados da literatura quanto no presente estudo, especialmente nos primeiros 30 cm de profundidade. Os aumentos nos teores de Ni e Cu extraíveis em ADEs variaram de acordo com o local e o uso do solo considerados. Os teores de micronutrientes tenderam a diminuir com a profundidade, mas variaram dependendo do elemento, local, tipo de solo e uso do solo. Locais com agricultura moderna apresentaram poucas diferenças nos teores de micronutrientes extraíveis, exceto por uma diminuição de Fe em Belterra e Mn em Porto Velho. Considerando as altas quantidades de alguns micro e macronutrientes em ADEs, mais estudos são necessários sobre o manejo do solo e o balanço de nutrientes em plantas cultivadas nesses solos.