Diversidade florística e estrutura em floresta densa da bacia do Rio Juruá - AM.
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Museu Paraense Emílio Goeldi
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Resumo
Um inventário florístico foi realizado em 4 hectares de mata densa de terra firme, na bacia do rio Juruá, no município de Carauari, estado do Amazonas, onde a Petrobrás executa prospecção de gás e petróleo. O objetivo foi conhecer a diversidade florística e a estrutura da vegetação da área. Foram inventariadas 3.158 árvores com DAP> 10 cm, distribuídas em 55 famílias, 253 gêneros e 556 espécies nos 4 hectares subdivididos em 4 amostras de 1 hectare cada (Nej-I, Juruá-I, jaraqui e Munguba). A espécie dominante foi Eschweilera alba (163 árvores/Do R. 3.52%) enquanto as mais importantes em VIE (valor de importância das espécies) foram Eschweilera alba. Jessenia bataua, Eschweilera odora, Ragala sanguinolenta e Licania apetala. As famílias mais importantes em VIF (valor de importância das famílias) foram leguminosae sem lato, sapotaceae, lecythidaceae, Moraceae< Chrysobalanaceae, Lauraceae e Myristicaceae entre outras. Sapotaceae é uma família de grande importância, uma vez que a sua diversidade na área não tem paralelo na Amazônia. São 60 espécies para 32 gêneros e 438 árvores. A distribuição das árvores em classes diamétricas e em classes de altura, situa-se no padrão geral das florestas tropicais, ou seja, o maior número de árvores situa-se entre as classes mais baixas (classe de diãmetro) e nas 2ª (10-15m), 3ª (15-20m) e 4ª (20-25m) classes de altura. A característica mais marcante da floresta do rio Juruá foi a alta diversidade florística com 242 espécies por hectare, em média. na Amazônia este valor só é superado pela floresta de Yanomano na Amazônia peruana onde foram registradas 300 espécies em 1 hectare para árvores a partir de 10 cm de DAP.
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Citação
SILVA, Antônio Sérgio Lima da; LISBOA, Pedro Luís Braga; MACIEL, Ubirajara Neri. Diversidade florística e estrutura em floresta densa da bacia do Rio Juruá - AM. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Série Botânica, Belém, v. 8, n. 2, 1992.