Tempo da natureza e tempo do relógio - tradição e mudança em uma comunidade pesqueira!
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Museu Paraense Emilio Goeldi
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Resumo
Neste trabalho, é analisado como se dá a construção do tempo entre
os pescadores do município de Maracanã no litoral nordeste paraense.
Esta temporalidade foi rastreada na articulação do tempo natural e do
tempo do relógio, predominantes nas comunidades tradicionais e sociedades
urbano-industriais.
Esta construção foi trabalhada nas seguintes perspectivas: a) na articulação passado (o tempo de dantes) e presente (o tempo de hoje); b) na espera e na
procura, que sincronizam homens e natureza no tempo do trabalho, com o curral
e as redes, os principais instrumentos de captura utilizados na área; c) no
presente, onde o tempo natural e o tempo do relógio estão em permanente e tensa
articulação, ocorrendo a predominância ora de um, ora de outro, tanto na
cidade de Maracanã, polo urbano do município, quanto nas pequenas vilas
pesqueiras, cuja vida recria de forma restrita o tempo de dantes; d) no tempo do
turismo, quando os veranistas procuram o litoral, e o tempo do relógio predomina dos cotidiano dos pescadores; e) no contraponto entre o tempo dos
que pescam e o dos outros membros da comunidade que, mesmo não sendo
pescadores, estão ligados ao mundo da pesca de acordo com sua posição no
grupo, como os velhos, mulheres e crianças: j) na temporalidade enquanto uma
forma de detectar como os vários "olhares" da sociedade percebem o pescador
enquanto incapaz e preguiçoso.
Palavras-chave
Citação
NASCIMENTO, Ivete Herculano do. Tempo da natureza e tempo do relógio - tradição e mudança em uma comunidade pesqueira!Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi:série antropologia, Belém, v. 11, n. 1, p. 5-18 jul. 1995
