Novas reflexões para o estudo das populações tradicionais na Amazônia: por uma revisão de conceitos e agendas estratégicas

Abstract

Este ensaio examina os conceitos que se elaboram em torno das comunidades tidas como 'tradicionais' da Amazônia. Trabalham-se, primeiro, as definições contempladas em relação do ser tradicional e, posteriormente, reflete-se sobre a operacionalidade do termo para pesquisas e políticas públicas. De alcance amplo, o campo semântico do termo 'tradicional' abrange vários atores da Amazônia, quer comunidades indígenas, quer ribeirinhos, quer comunidades pesqueiras, entre outras. Apresenta-se, então, uma discussão sobre áreas de trabalho prioritárias entre as populações tradicionais, sugerindo agendas estratégicas para as mesmas. Argumenta-se que a mundialização da economia tem contribuído para a fragilização dessas sociedades e que o direcionamento de pesquisas e políticas públicas, contempladas para elas, leve em conta este cenário, além da inclusão delas nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.