Eucalyptus plantation reduces diversity and disrupts predator-prey correlations of soil invertebrates within Atlantic Forest

Abstract

As atividades humanas no Antropoceno levaram à conversão de uma área significativa da superfície terrestre em agroecossistemas, incluindo plantações de árvores como o eucalipto. O Brasil, como maior produtor de madeira de eucalipto, enfrenta o desafio de preservar sua rica biodiversidade, particularmente no bioma Mata Atlântica, que é um dos mais ameaçados e diversos do mundo. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da plantação de eucalipto nas comunidades de invertebrados do solo em comparação com os remanescentes florestais nativos. Amostramos formigas, besouros, colêmbolos e aranhas como grupos modelo para avaliar a diversidade alfa e a composição dos invertebrados do solo nessas florestas. Também examinamos as interações tróficas entre colêmbolos e seus potenciais inimigos naturais (aranhas, formigas e besouros) em ambos os ambientes. Nossos resultados revelaram que a abundância e a riqueza de formigas e besouros foram maiores em florestas nativas do que em plantações de eucalipto, enquanto os colêmbolos exibiram uma resposta negativa à plantação de eucalipto em termos de abundância, e as aranhas apresentaram maior riqueza em plantações de eucalipto. Além disso, a composição das comunidades de invertebrados do solo, com exceção dos colêmbolos, foi significativamente diferente entre plantações de eucalipto e florestas nativas. As correlações entre a abundância de colêmbolos e seus potenciais predadores (aranhas e besouros) foram significativamente reduzidas em plantações de eucalipto em comparação com florestas nativas. Nossos resultados destacam o impacto negativo da plantação de eucalipto na diversidade de invertebrados do solo e na composição da comunidade, potencialmente interrompendo as relações predador-presa e enfatizando a importância da preservação das florestas nativas para salvaguardar a biodiversidade e os processos ecológicos dos invertebrados.