Carbon and nutrient accumulation in tropical mangrove creeks, Amazon region

Abstract

O estuário do Rio Marapanim (MRE) faz parte do sistema estuarino da Amazônia, localizado no norte do Brasil, caracterizado por extensas florestas de manguezais. Dado que estudos anteriores relataram fluxos de CO2 e CH4 de riachos de manguezal nesta região, aqui investigamos o potencial sequestro de carbono orgânico dos bancos de lama dos riachos para obter uma melhor compreensão do ciclo de carbono através desses sistemas. As taxas de acumulação de sedimentos derivadas da datação de 210Pb indicaram que os testemunhos amostrados representam os 24 (± 4) anos anteriores. As taxas de enterramento de carbono orgânico total (COT), nitrogênio total (NT) e fósforo total (TP) de aproximadamente 24 anos foram estimadas em 192,5 (± 43,5), 15,3 (± 4,1) e 3,2 (± 0,8) g m−2 ano−1, respectivamente. Um modelo binário de mistura de fontes baseado em isótopos estáveis ​​de carbono (δ13C) revelou que a matéria orgânica sedimentar (MO) é influenciada principalmente pelo aporte de fitoplâncton marinho (49% a 95%). Além disso, as taxas de acumulação de COT encontradas aqui foram ligeiramente superiores às médias globais estimadas para florestas de manguezal, sugerindo que esses sumidouros de carbono não contabilizados ao longo de ambientes de bancos de lama de riachos são relevantes para os orçamentos de carbono em zonas costeiras colonizadas por manguezais. Os maiores conteúdos, estoques e taxas de acumulação foram encontrados nos sedimentos de riachos de maré, que são mais influenciados por manguezais próximos e são mais protegidos do que os sedimentos das principais margens de rios. Nossos resultados indicam que os bancos de lama de riachos desempenham um papel importante no sequestro de carbono e nutrientes, diretamente relacionado ao tamanho do grão e às fontes de MO.