Ocorrência, distribuição e biologia dos peixes da Baía de Marajó, estuário amazônico.
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Museu Paraense Emílio Goeldi
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A Baía de Marajó faz parte do grande estuário formado pelas descargas dos rios Amazonas e Tocantins em contato com o mar. A diferença sazonal de precipitação na bacia amazônica afeta de modo marcante as descargas desses rios, fazendo com que a zona de contato entre o rio e o mar se desloque anualmente ao longo de um trecho do estuário de aproximadamente 200 km de extensão (Egler & Schawassmann, 1962) e influencia diretamente a salinidade da Baía de Marajó, tornando-a salobra no verão (Junho a Dezembro) e doce no inverno (Janeiro a Maio). Entre janeiro e dezembro de 1982, foram capturadas e listadas 63 espécies de peixes que ocorrem sazonal ou perenemente na baía sendo 8 representantes de Chondrichthyes e 56 de Teleostei. Dessas, Isogomphodon oxyrhynchus (Carcharhinidae), Arius phrygiatus (Ariidae) e Colomesus psithacus (Tetraodontidae) são assinaladas pela primeira vez na região. Siluriformes e perciformes foram os grupos mais diversificados, sendo o primeiro representado por 8 famílias e 22 espécies e o segundo por 11 famílias e 19 espécies. As espécies de Gobiidae e Engraulidae parecem ser as de maior importância para dieta das espécies predadoras, com exceção dos cações, e de interesse para a pesca comercial da região. Os dados sugerem que a foz do Rio Pará é uma imporatnte zona trófica para a maioria dos peixes capturados e provavelmente importante área de reprodução e/ou criação de pelo menos 28 espécies pertencentes a 14 famílias de peixes de água doce e marinha.
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BARTHEM, Ronaldo Borges. Ocorrência, distribuição e biologia dos peixes da Baía de Marajó, Estuário Amazônico. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Série Zoologia, Belém, v. 2, n. 1, p. 49-69, dez. 1985.
