Densidade, estrutura e distribuição espacial de castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa H. & B.) em dois platôs de floresta ombrófila densa na Amazônia setentrional brasileira
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Museu Paraense Emilio Goeldi
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Density, structure and spatial distribution of Brazilnut trees (Bertholletia excelsa H. & B.) on two plateaus of moist evergreen forest in the northern Brazilian Amazon
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Resumo: A castanheira (Bertholletia excelsa H. & B. - Lecythidaceae) é uma espécie nativa da Amazônia que tem por habitat
as terras não inundáveis (terra firme). O fruto da castanheira é o produto florestal não-madeireiro (PFNM) mais
conhecido e solidamente estabelecido nos mercados doméstico e de exportação há mais de um século, constituindose
na única colheita de sementes comercializada internacionalmente que é feita exclusivamente em florestas tropicais
primárias. Este trabalho objetiva avaliar a abundância, a distribuição espacial, a estrutura em diâmetro, altura e idade
de castanheiras e sua distribuição espacial nos castanhais existentes na floresta pluvial tropical densa em dois platôs na
Amazônia setentrional brasileira. Os locais de estudos, denominados platô Almeidas e Aviso, abrangem uma área de,
respectivamente, 763 ha e 1.365 ha, onde foram feitos dois inventários, com 100% de intensidade, de todas as árvores
de B. excelsa com DAP ≥ 10 cm, sendo registradas, respectivamente, 1.140 e sete árvores, ou seja, densidade de 1,5
árvore/ha e 0,005 árvore/ha. O percentual de árvores jovens (DAP ≤ 60 cm) registrado nos dois platôs estudados
é inversamente proporcional à abundância, ou seja, 1,21% (19 árvores) no castanhal de maior densidade (Almeidas)
e 71,4% (cinco árvores) no de menor, o que sugere uma colonização recente no platô Aviso. O maior número de
árvores (64,1% do total) ocorreu no intervalo de 90-160 cm de diâmetro, entre 200-300 cm foram registradas 78
árvores (6,8% do total). Atualmente, é relativamente raro encontrar castanheiras com diâmetros acima de 300 cm;
os nove indivíduos acima deste limite, registrados no platô Almeidas, muito provavelmente têm algumas centenas de
anos. A abundância de castanheiras no platô Almeidas e Aviso é uma questão intrigante e difícil de desvendar. Existe a
possibilidade de se considerar a origem antrópica dos castanhais do platô Almeidas, que poderá ou não ser confirmada
por meio de futuros estudos
Citação
SALOMÃO, Rafael de Paiva. Densidade, estrutura e distribuição espacial de castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa H. & B.) em dois platôs de floresta ombrófila densa na Amazônia setentrional brasileira. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 4, n. 1, p. 11-25, jan.-abr. 2009. Disponível em: < http://www.museu-goeldi.br/editora/bn/naturais_v4n1(2009).html > Acesso em: 02 jun. 2009
