Greenhouse gas fluxes in mangrove forest soil in an Amazon estuary

Abstract

As florestas de mangue tropicais são importantes sumidouros de carbono, sendo o solo o principal reservatório de carbono. Compreender a variabilidade e os principais fatores que controlam os fluxos é fundamental para contabilizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE), particularmente no cenário atual de mudanças climáticas globais. Este estudo é o primeiro a quantificar as emissões de dióxido de carbono (CO 2 ) e metano (CH 4 ) usando uma câmara dinâmica em solo de mangue natural da Amazônia. As parcelas para o estudo de gases traço foram alocadas em alturas topográficas contrastantes. Os resultados mostraram que o solo de mangue do estuário da Amazônia é uma fonte de CO 2 (6,66 g CO 2 m −2 d −1 ) e CH 4 (0,13 g CH 4 m −2 d −1 ) para a atmosfera. O fluxo de CO 2 foi maior na topografia alta (7,86 g CO 2 m −2 d −1 ) do que na topografia baixa (4,73 g CO 2 m −2 d −1 ) na estação chuvosa, e o CH 4 foi maior na topografia baixa (0,13 g CH 4 m −2 d −1 ) do que na topografia alta (0,01 g CH 4 m −2 d −1 ) na estação seca. No entanto, no período seco, o solo de topografia baixa produziu mais CH 4 . Matéria orgânica do solo, relação carbono e nitrogênio (C/N) e o potencial redox influenciaram a variação anual e sazonal das emissões de CO₂ ; no entanto, não afetaram os fluxos de CH₂ . O solo de manguezal do estuário amazônico produziu 35,40 Mg CO₂ eq. ha −1 ano −1 . Um total de 2,16 kg CO₂ m − 2 ano −1 precisa ser sequestrado pelo ecossistema de manguezal para contrabalançar as emissões de CH₂ .