Multi-proxy evidence of caribbean-sourced marine incursions in the Neogene of Western Amazonia, Brazil

Abstract

A cronologia dos eventos de inundação marinha em escala continental na Amazônia Ocidental durante o Neógeno ainda é uma questão sem solução. Apesar da ampla evidência de tais eventos baseada em proxy, as trajetórias e a duração das incursões marinhas do Mioceno tardio permanecem controversas. Fornecemos dados acoplados de microfósseis calcários e orgânicos e dados geoquímicos de seis testemunhos terrestres de sequências do Neógeno da Bacia do Solimões, Brasil. Nossos registros corroboram influência marinha menor no Mioceno inicial (23,0, 21,1, 18,6 e 16,3 Ma), Mioceno médio (14,9, 13,7 e 12,9 Ma) e Plioceno inicial (4,7, 4,2-4,1 e 3,8 Ma), e incursões marinhas conspícuas no Mioceno tardio (11,1-8,8 Ma), sugeridas pela presença consistente de microfósseis indicadores de salinidade e dados geoquímicos. Nossos resultados desafiam a visão de grandes incursões marinhas no início e médio do Mioceno na área estudada. Propomos, pela primeira vez, um novo evento de incursão do final do Mioceno (LMI) como o principal evento de inundação marinha na Amazônia Ocidental durante o Neógeno. Esses registros em terra são comparados com três testemunhos marítimos dos oceanos Atlântico e Pacífico. A similaridade entre as assembleias de microfósseis da Bacia do Solimões e do Mar do Caribe, e a evidência do aumento do escoamento superficial do sistema de drenagem do rio Orinoco, sugerem fortemente que o Mar do Caribe é a principal fonte das incursões marinhas, sustentando uma rota marítima venezuelana. Além disso, mostramos, pela primeira vez, a potencial ligação entre as incursões marinhas do Neógeno (principalmente o LMI) na Bacia do Solimões e grandes perturbações no ciclo global do carbono.