CONHECIMENTOS AGRÍCOLAS E SOBERANIA ALIMENTAR: O PAPEL DAS MULHERES TICUNA NO FORTALECIMENTO DA AGROBIODIVERSIDADE INDÍGENA NO ALTO SOLIMÕES

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Museu Paraense Emílio Goeldi

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CONHECIMENTOS AGRÍCOLAS E SOBERANIA ALIMENTAR: O PAPEL DAS MULHERES TICUNA NO FORTALECIMENTO DA AGROBIODIVERSIDADE INDÍGENA NO ALTO SOLIMÕES

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Esta dissertação mostra a importância de tornar visível o papel das mulheres Ticuna na revitalização do manejo da agrobiodiversidade indígena, a partir do momento que percebem que seus conhecimentos estão se perdendo, as sementes nativas cada vez mais se tornando escassas, a floresta passando por transformações de exploração ilegal desenfreada de madeira, garimpo, pirataria de aves, quelônios e peixes. Se trata de uma reflexão académica de caráter antropológico, associada aos resultados do Projeto Agrovida-Naãne Arü Mã’ü – Terra e Vida, iniciativa de pesquisa-ação (Thiollent, 2009) por mim coordenada, que teve apoio da FUNAI- Coordenação Regional do Alto Solimões em 2015, e só foi possível ser concluída com o apoio do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação Amazônia Legal, financiado pela CAPES, no âmbito do Programa de Pós – graduação em Diversidade Sociocultural – PPGDS no Museu Paraense Emílio Goeldi em 2021. Este exercício acadêmico objetiva caracterizar e analisar ye’eraacü üanegü’ǖcarüǖ’ as práticas agrícolas que envolvem o conhecimento milenar das mulheres Ticuna, na busca de fortalecer a soberania alimentar (poraǖca’ tchiburüǖ), partindo do levantamento de plantas alimentícias observadas em duas comunidades indígenas: Vila Betânia-Mecürane, no município de Santo Antônio do Içá- AM e Umariaçú II, no município de Tabatinga- AM, região fronteiriça com a Colômbia e o Peru. A metodologia adotada foi de caráter qualitativo e participativo, incluindo a observação participante em ajuris (mutirões) nas roças e o diálogo com mulheres das duas comunidades indígenas onde foi realizada a experiência de pesquisa. As mulheres Ticuna com os seus conhecimentos e o potencial organizativo que já tem, buscam fortalecer e manter a agrobiodiversidade (naĩnecü arü bacaaneruǖ), valorizando o território e o saber local, e desta forma revitalizar o conhecimento ancestral agrícola na região do Alto Rio Solimões-Amazonas.

Resumo

Nhaã puracü rü nanawe’ i nacümagü i megü’ũ i ngẽãtagü Ticuna arü cu’agü arü yue’erüũ i uanegü’ ǖ i uü maĩyüguarü, nũ’ǖ ta’cu’ãtchigü’ǖwa na ngü’üma i ĩnũgü nũ’ǖ tarü ngümãẽgü, ngü’ǖma i oretchiregü rü narü tauetchigü, rü naĩnecü rü na tomaãtchirãü nagagü i naĩnecü arü yerüǖ, uru arü yaurüǖ, weri aru yaurüǖ, naǖnagü e nhumatchi tchoni i yaǖ. Nhaã umatü rü wui cuãtchirüǖĩi niĩ i antropologiagü i ü’ǖ, yautchii we’güǖ i Projeto Agrovida- Naãne Arü Mã’ǖgü i uü, i ingucü Thiollent, 2009 tchama nama tchacuaǖ, rü nhumatchi FUNAI – Coordenação Regional Alto Solimões i 2015, rü nangü’ǖ erü Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação Amazônia Legal, financiado pela CAPES, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Diversidade Sociocultural – PPGDS no Museu Emílio Goeldi em 2021 nũ’ǖ naru ngueẽ’. Nhaã ngügü ta’ǖ rü nagü na de’a i ye’eraãcü üanegü’ǖcarüǖ’ torü ó’e arü cuagüma i nhǖcumãǖgü ngueãtagü Ticunagüarü, nanaporã’ẽca’ i tchiburüǖtchiga, na wutaque’ẽrǖ i na umatü i oregü i naĩnecüwa nhẽmãǖ i tare maĩyugu arü ĩãnewa: Vila Betânia-Mecürane, i município Santo Antônio do Içawa- AM, i Umariaçúwa II i município Tabatingawa- AM, Colômbia i Perú arü naãnegüwa. Nagü na üãtchi i poracügü i naãne arü ü’, ngẽãtagü i ügüãneüwa i tumaãrü inügüma. Ngẽãtagü Ticunagü tumaãrü cu’agümaã, rü itanapoǖgü rü tanaporaẽgü i naĩnecü arü bacaaneruǖ ĩĩ, nhemaãcü taüguma nayüüca i cu’gü i torü ó’egü arü iĩ i nhaã i Alto Rio Solimõeswa-Amazonaswa.

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