Biochar mitigates bioavailability and environmental risks of arsenic in gold mining tailings from the eastern Amazon

Abstract

A mineração artesanal de ouro gerou rejeitos altamente contaminados por arsênio (As) em Cachoeira do Piriá, Amazônia oriental, levando a sérios riscos ao meio ambiente. Tais riscos devem ser mitigados considerando a concentração biodisponível do elemento, uma vez que implica em danos imediatos ao ecossistema. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial de biochars na mitigação dos riscos ambientais das concentrações biodisponíveis de As em rejeitos de mineração de ouro de exploração subterrânea e de cianetação. A adição de biochar aumentou os componentes minerais, a retenção de cátions, o fósforo em todas as frações e o carbono orgânico e inorgânico. A biodisponibilidade de As foi reduzida após a adição dos biochars, seguindo a ordem biochar de torta de palmiste > biochar de casca de castanha-do-pará > biochar de semente de açaí, com reduções de até 13 mg kg−1 nos rejeitos de mineração subterrânea e 17 mg kg−1 nos rejeitos de mineração de cianetação. Esses resultados contribuíram para a redução estatisticamente significativa dos riscos ambientais em ambos os rejeitos de mineração (6-17% nos rejeitos de mineração subterrânea e 9-20% nos rejeitos de mineração por cianetação), o que foi enfatizado pela correlação de Pearson e análises multivariadas. A incorporação das frações biodisponíveis de As (da extração sequencial) na avaliação de risco ambiental foi um método promissor para avaliar a eficiência dos biocarvões na mitigação dos danos causados ​​por esse metaloide em rejeitos de mineração de ouro.