DSpace Coleção: Teses e Dissertações
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/53
Teses e Dissertações2024-01-28T09:31:21ZRiqueza e abundância de Poaceae em savanas do estuário amazônico, Brasil
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/782
Título: Riqueza e abundância de Poaceae em savanas do estuário amazônico, Brasil
Abstract: A maioria dos estudos sobre savanas da Amazônia foca o estrato arbóreo, enquanto pouco se sabe sobre a dinâmica das plantas herbáceas, especialmente as gramíneas (Poaceae). Este estudo apresenta um inventário das Poaceae nas savanas do estuário amazônico e analisa os fatores ambientais que as influenciam. Além das características de solo e lima/sazonalidade,
o impacto humano sobre a diversidade e a produtividade dessas comunidades são considerados. A área de estudo incluiu nove locais na região estuarina do rio Amazonas, situado nos estados brasileiros do Amapá e Pará. Em cada local, 160 sub-parcelas de 1m 2
foram estabelecidas dentro de quatro parcelas de 10 × 100 m e todas as espécies de Poaceae levantadas foram identificados. Uma amostra de solo superficial (0-20 cm de profundidade), constituído por 20 subamostras foram coletadas a cada 10 metros ao longo das parcelas. As amostras de solo foram analisadas baseado no manual de solo da Embrapa. Em uma das áreas (Campo da Mangaba/Maracanã), o estrato herbáceo de cinco parcelas foi cortado rente ao
solo, em intervalos de três meses. Material cortado foi separado em três classes (Axonopus polydactylus; Axonopus aureus e outras espécies); biomassa e proteína total foram determinadas para cada classe, após secagem e moagem. A família Poaceae apresentou baixa riqueza de espécies (41 espécies em 19 gêneros e quatro subfamílias) como pouco endemismo. O gênero Alloteropsis J. Presl (Panicoideae/Paniceae s.l.) é relatado pela primeira vez para a América do Sul. Chaves de identificação, ilustrações e distribuição geográfica são
apresentadas juntamente com observações taxonômicas. A cobertura de Axonopus spp. aumentou com a fertilidade do solo, enquanto que a de Trachypogon spicatus. diminuiu; frações de matéria orgânica, areia grossa e silte foram os parâmetros de solo mais influentes. A Biomassa e o teor de proteína total apresentaram variação sazonal, com valores maiores e menores durante a estação chuvosa e seca, respectivamente. Os teores de biomassa e proteína variaram abaixo dos limites de viabilidade recomendados para a pecuária eficiente. O impacto humano pode ser responsável pela baixa diversidade de espécies.
Tipo: tese ou dissertação2012-01-01T00:00:00ZEstimativas de biomassa e avaliação do estoque de carbono da vegetação de florestas primárias e secundárias de diversas idades (capoeiras) na Amazônia Oriental, município de Peixe-boi, Pará.
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/757
Título: Estimativas de biomassa e avaliação do estoque de carbono da vegetação de florestas primárias e secundárias de diversas idades (capoeiras) na Amazônia Oriental, município de Peixe-boi, Pará.
Abstract: A conversão as florestas tropicais primárias contribui significativamente no aumento de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, acarretando importantes variações climáticas, sobretudo no ciclo hidrológico. Estimativas recentes indicam um acréscimo líquido de 3,2 Gt ano -¹ (1Gt=10Mg) de CO2 na atmosfera. As emissões líquidas de CO2, para 1980, devido ao desflorestamento são da ordem de 1,8 Gt ano-¹ Qual e o estoque de carbono da biomassa de floresta primária densa? Qual a taxa de acumulação de carbono das florestas secundárias após abandono? Para responder estas questões foi efetuado este estudo na paisagem agrícola e em um fragmento de floresta primária densa no Município de Peixe-Boi, Pará. Foram amostrados 3 ha (DAP maior ou igual 10 cm ) e 0,6 ha (DAPmaior ou igual=5 cm) em floresta primária e, 0,25 ha em cada classe de idade (5,10 e 20 anos) de capoeiras (DAPmaior ou igual 5 cm ). Foram calculados a abundância (n° ind.ha-¹), a diversidade (n° spp área -¹), a área basal (m² ha-¹), o volume (m³ ha-¹) através de equações alométricas e a biomassa total (Mg ha-¹). A estrutura diamétrica e altimétrica dos indivíduos desses ecossistemas foram, também, previamente analisadas e discutidas. A biomassa total estimada (peso seco) para a floresta primária foi de 388 Mg ha-¹ referentes a biomassa aérea, 68 Mg ha-¹ a biomassa subterrânea e 53 Mg ha-¹ a biomassa morta; o estoque de carbono calculado foi de 194 Mg ha-¹. Em florestas secundárias de 5,10 e 20 anos foram estimadas 13,44 e 81 Mg ha-¹ de biomassa aérea-incremento médio de 4 Mg ha-¹ ano-¹. Tal incremento implica numa retirada de 2 Mg ha-¹ ano-¹ de carbono na atmosfera, através da fotossíntese. A análise do balanço preliminar da acumulação de biomassa e do; estoque de carbono nestes ecossistemas, demonstra que seriam necessários cerca de 90 anos para que capoeiras de até 20 anos reabsorvam (via fotossíntese) cerca de 180 milhões de Mg de carbono liberados para a atmosfera através substituição de 930 mil ha de floresta primária que originariamente recobriam a região.
Tipo: tese ou dissertação1994-08-01T00:00:00ZBromeliaceae e Orchidaceae Epífitas da Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará, Brasil.
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/752
Título: Bromeliaceae e Orchidaceae Epífitas da Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará, Brasil.
Abstract: As epífitas abrangem, em todo o mundo, aproximadamente 29.000 espécies em 84 famílias, que
correspondem a cerca de 10% de todas as plantas vasculares do planeta. No Brasil existem 49 famílias, a maioria de Monocotiledôneas (66%), destacando-se as Orchidaceae (50%) e as Bromeliaceae (12%). Distribuem-se profusamente pelos neotrópicos, tendo seu centro de diversidade nas florestas montanas úmidas das Américas, principalmente no noroeste da América do Sul e no sudoeste da América Central. Até o momento, no Brasil, devido à grande procura, as Orchidaceae são muito mais exploradas do que as Bromeliaceae. Na floresta Amazônica, o que se conhece a respeito dessas duas famílias é incipiente. Dentre as unidades de conservação da Amazônia brasileira, a Floresta Nacional de Caxiuanã é uma das mais bem preservadas e concentra uma rica diversidade de plantas da Amazônia. A maioria dos estudos já realizados contempla principalmente parte do componente arbóreo e confirma a grande riqueza de espécies. Entretanto, estudos sobre as epífitas vasculares nesse componente arbóreo são praticamente inexistentes, favorecendo um prévio conhecimento sobre as Orchidaceae e Samambaias. Para tanto, este estudo teve como objetivo realizar um levantamento florístico-taxonômico das Bromeliaceae e Orchidaceae epífitas da Floresta Nacional de Caxiuanã. A coleta do material botânico fértil ocorreu entre abril de 2009 e novembro de 2010, percorrendo três ecossistemas: florestas de terra firme, várzea e igapó. Os resultados obtidos são apresentados separadamente em forma de artigos. Foram reconhecidas 38 espécies epifíticas, sendo cinco de Bromeliaceae e 33 de Orchidaceae. O primeiro artigo refere-se à família Bromeliaceae, o segundo à família Orchidaceae, ambos compostos por chaves de identificação,
descrições e ilustrações dos táxons, além dos dados adicionais sobre a distribuição geográfica, considerações taxonômicas e fenológicas; o terceiro refere-se à descrição de uma espécie nova de Orchidaceae, além de incluir notas taxonômicas de mais três espécies de Vanilla; e o quarto corresponde a um guia das espécies epífitas de Bromeliaceae e Orchidaceae na área.
Tipo: tese ou dissertação2011-01-01T00:00:00ZSeleção e aptidão de espécies arbóreas para a recuperação de áreas degradadas por mineração.
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/751
Título: Seleção e aptidão de espécies arbóreas para a recuperação de áreas degradadas por mineração.
Abstract: A recuperação de áreas degradadas pode ser entendida basicamente por dois sentidos: reabilitação e restauração. No primeiro busca-se restabelecer as funções e de processos. Na restauração, além das funções e dos processos, são almejadas também a estrutura e a diversidade. A restauração florestal de
áreas degradadas pela mineração tornou-se uma condicionante indispensável no licenciamento das minas. Este trabalho foi desenvolvido no empreendimento da Mineração Rio do Norte que extrai bauxita na Floresta Nacional de Saracá Taquera, subordinada ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, localizada no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, estado do Pará. Inicialmente foi analisada a dinâmica do reflorestamento heterogêneo implantado em 1996, no Platô Saracá, cujo monitoramento abrangeu um período de 13 anos (1996 a 2009). Objetivou-se avaliar a densidade de plantio, a mortalidade e o incremento periódico anual (IPA) do crescimento em diâmetro e em altura das
89 espécies empregadas nas áreas de restauração florestal após a extração da bauxita. As espécies foram distribuídas em classes de mortalidade e de incrementos do diâmetro e da altura. Foi analisado o porte e a aptidão ecológica, baseada na mortalidade e nos respectivos incrementos do diâmetro e da altura. A aptidão ecológica de 69 espécies presentes, durante os 13 anos do monitoramento identificou quatro espécies classificadas como inaptas, 21 como de baixa, 25 como regular, 16 como boa e três como de ótima adaptabilidade. Posteriormente foram analisados os dados de um inventário florestal e
fitossociológico da floresta ombrófila densa submontana com emergentes, do Platô Monte Branco, que objetivou adequar, através da análise multivariada, dois índices fitossociológicos que envolvessem as mesmas variáveis do Índice de Valor de Importância (IVI), para comparação dos resultados, através do ranqueamento das espécies amostradas em três categorias ecológicas previamente estabelecidas: predominância alta, intermediária e baixa. Os resultados respaldaram o emprego da análise fatorial para a extração de fatores e a estimação dos escores fatoriais das espécies. O mais adequado foi o índice
fitossociológico horizontal com variável dummy (IFH-VD), obtido através da análise fatorial, pelo método de componentes principais, que adicionou uma variável qualitativa (variável dummy) para cada uma das variáveis envolvidas no modelo e que conseguiu selecionar 81 espécies-chave para a restauração enquanto o modelo sem a variável dummy (índice fitossociológico horizontal - IFH) captou 48; já o IVI, selecionou apenas 10, em um universo de 745 espécies amostradas. Finalmente, foram analisados os dados de um outro inventário florestal e fitossociológico da floresta ombrófila densa submontana com emergentes, do Platô Almeidas com o objetivo de construir um índice obtido por técnicas de análise
fatorial, cujo modelo envolveu seis variáveis quantitativas, três inerentes ao IVI (abundância, frequência e dominância) e outras três referentes a biomassa, valor comercial da madeira e da quantidade de produtos florestais não madeireiros da espécie. Para cada variável quantitativa foi atribuída uma outra qualitativa que assumiu valor igual a 1 para aquelas espécies cujos maiores valores acumulados equivaleram a 50% do total para cada uma das variáveis quantitativas analisadas. As espécies foram ranqueadas através do
índice proposto em três categorias de prioridade fitossociológica e socioeconômica (alta, média e baixa). Os resultados respaldaram o emprego da análise fatorial para a extração de fatores e a estimação dos escores fatoriais. Os resultados foram estatisticamente validados para a construção do índice
fitossociológico e socioeconômico (IFSE) que selecionou, entre as 493 espécies amostradas no inventário, 25 espécies-chave para a restauração. Complementarmente, foi recomendada a densidade de plantio
dessas espécies na recuperação de áreas degradadas pela mineração na FLONA. Conclusivamente, foi
analisado o comportamento das 89 espécies empregadas no reflorestamento de 1996 devidamente classificadas em classes de aptidão ecológica, em relação aos indíces construídos (IFH, IFH-VD e IFSE).
Tipo: tese ou dissertação2012-01-01T00:00:00Z